Com PT, teríamos geração de empregos e diminuição da pobreza, diz Dweck

Foto - Lula Marques/Agência PT
Em entrevista à Agência PT, a economista Esther Dweck desmonta a farsa de que o partido quebrou o país e ressaltou os avanços socioeconômicos de Lula e Dilma

Agência PT

Em seu 7º Congresso Nacional, o Partido dos Trabalhadores lançou a revista “O partido que mudou o Brasil – A verdade sobre os governos do PT”, que mostra o importante legado dos governos petistas para o país. A partir da publicação, a Agência PT iniciou uma série de publicações que apresenta os detalhes, números e gráficos dos programas sociais, investimentos e melhorias em diversas áreas responsáveis por tornar o Brasil um país melhor para se viver, com mais direitos, com o povo mais feliz e fora do Mapa da Fome.

O primeiro texto da série aborda o capítulo “O PT não  quebrou o Brasil”, que desmente a farsa de que o partido foi responsável por arruinar a economia do país, criada por aqueles que querem acabar com as políticas sociais implementadas pelo PT. Para explicar mais sobre o assunto, o podcast “ Semana 13” conversou com Esther Dweck. A economista é professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi chefe da assessoria econômica e secretária de orçamento federal do Ministério da Economia durante o governo de Dilma Rousseff.

Esther destacou os avanços econômicos memoráveis dos governos petistas: “Ao final de 2014, o desemprego estava em nível baixo, próximo de 4%. A dívida líquida saiu de um patamar de 60% para 30%. E a bruta saiu de 80% e caiu para 60%. Entre 2003 e 2014, foram criados mais de 20 milhões de empregos. Um cenário muito bom, muito diferente daquele entregue ao PT em 2003”. Ela também apontou como o panorama socioeconômico seria diferente com a manutenção do partido no poder: “Não tenho dúvida que se o PT estivesse no poder, a gente não estaria com esse crescimento baixo. Certamente a geração de empregos seria muito melhor, sem esses números atuais de aumento de pobreza e desigualdade”, declarou.

Confira a entrevista na íntegra abaixo:

Semana 13: Por que o PT carrega a lenda de ter quebrado o Brasil?
Esther Dweck: A partir de 2015, a dívida pública começou a aumentar e isso é interessante porque é justamente o último ano cheio de governos do PT, que sempre reduziram essa dívida. Essa elevação levou parte da população a crer que a culpa era da Dilma, mas na verdade, se a gente olhar os dados, a gente consegue ver que o que mais contribuiu ali foi o aumento forte dos juros, uma queda do PIB e não teve aumento de gastos. Aquele foi um ano de muito ajuste fiscal. Criou-se uma narrativa falsa de que o PT estava quebrando o país, estava gastando mais do que tinha, o que é uma interpretação absurda dos dados econômicos da época.

Semana: Ou seja, não foi uma questão de política fiscal essa mudança de cenário em 2015 na economia?
Esther: Sim, na verdade não foi uma mudança nos gastos do governo. O aumento do juros naquele ano se deu devido à uma mudança no câmbio. Em 2015, teve um aumento muito grande no pagameto de juros, de R$ 300 bilhões para R$ 500 bilhões, um efeito dos “swaps cambiais”. Isso é um tipo de medida que o Banco Central adota para segurar o câmbio: se tiver um aumento muito forte no valor do dólar, o BC teria que pagar um valor, uma diferença do que estava previsto no contrato. E em 2015 o dólar subiu muito e, por conta disso, esse pagamento do juros elevou bastante a dívida. Nada a ver com aumento de gastos como tentou se falar.

Semana: Como era o quadro econômico quando o PT chegou no poder?
Esther: Acho importante a gente relembrar o que aconteceu entre 1999 e 2002. Em 99, o governo Fernando Henrique Cardoso não conseguiu segurar o dólar, que acabou disparando. Os anos seguintes foram muito ruins para a economia brasileira, com a “Crise do Apagão”. Por conta dessa falta de energia, 2001 teve uma desaceleração muito forte do crescimento econômico. Em 2002, as eleições levaram à muita especulação, o que causou um aumento fortíssimo do dólar. Quando o PT entra no governo, a inflação está alta e a dívida pública em uma crescente desde 1997. E o desemprego em 2002 passou de 12%, um cenário muito ruim. A partir de 2003, os indicadores se revertem. Ao final de 2014, talvez seja o ano até onde o PT pôde governar com mais tranquilidade, o desemprego estava em nível baixo, próximo de 4%. A dívida líquida sai de um patamar de 60% para 30%. E a bruta sai de 80% e cai para 60%. E entre 2003 e 2014, foram criados mais de 20 milhões de empregos. Um cenário muito bom, muito diferente daquele entregue ao PT em 2003. Por mais que o PIB não tenha crescido muito em 2014, os outros indicadores econômicos e os sociais eram muito positivos. No cenário externo, o Brasil estava muito bem, praticamente pagou sua dívida externa. Tivemos momentos emblemáticos, como o pagamento para o Fundo Monetário Internacional (FMI), e depois até emprestamos dinheiro para o FMI, já que o país acumulou reservas nesse período.
Criou-se uma narrativa falsa de que o PT estava quebrando o país, estava gastando mais do que tinha, o que é uma interpretação absurda dos dados econômicos da época.”

Semana: Quais foram as medidas econômicas mais importantes que o PT adotou durante esses anos, que garantiram o desenvolvimento do país?
Esther: Tem várias, vai ser difícil escolher. Essa mudança do perfil da dívida já mencionada foi muito importante para o Brasil, que sofreu sucessivas crises cambiais em sua história, essas crise

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